sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Atividade de interpretação textual



Os homens do ar

Em sua prisão, Dédalo continuava a trabalhar. Porém, cansado dessa estadia forçada em Creta e querendo voltar para Atenas, pôs o filho a par de suas intenções:
“Minos pode nos fechar os caminhos da terra e das águas, mas o dos céus permanece aberto. É por ele que iremos. Minos pode ser senhor de tudo, menos do ar! ”
Tratou então de inventar uma nova arte que iria proporcionar ao homem meios antes nunca experimentados. Arrumou numa linha, regularmente, penas de pássaros, alternando as curtas e as compridas. Grudou todas elas com cera e depois as curvou de leve para imitar as asas dos pássaros. O jovem Ícaro ajudava desajeitadamente seu pai nessa delicada montagem. Dois pares de asas saíram das mãos do artesão. Pai e filho as prenderam aos ombros. Milagre! Bastava agitá-las para sair do solo.
Essa sensação nova encantou o jovem Ícaro. Antes de levantar voo, Dédalo beijou o filho e lhe fez as últimas recomendações:
“Mantenha distância do oceano para que o ar úmido não torne suas asas pesadas demais. Mas também não vá muito alto, senão o calor do sol irá queimá-lo. Voe entre os dois e procure me seguir. ”
Creta já ficara para trás, quando o rapaz quis ganhar um pouco de liberdade. Afastando-se do guia, voou mais alto, cada vez mais alto, na direção do sol ardente. O calor não demorou a amolecer a cera que unia as penas, e elas se soltaram e dispersaram ao sabor das correntes de ar quente. O garoto agitou os braços nus..., mas já não tinha apoio no ar. Seu corpo caiu pesadamente e desapareceu nas profundezas do oceano. Ele mal teve tempo de gritar o nome do pai. Dédalo se virou tarde demais. Lá embaixo, viu a água escura marcada por um ponto de espuma. Amaldiçoou seu invento e deu cabo dele assim que chegou a Atenas.

POUZADOUX, Claude. Contos e lendas da mitologia grega.



O texto Os homens do ar, conta uma história, portanto é um texto narrativo. Observe a presença de fatos.


a)      Os fatos narrados podem ser reais ou imaginários. Após a leitura desse texto você observou se os fatos são reais ou fictícios? Retire elementos do texto que possam justificar sua resposta.
b)      O personagem principal recebe o nome de protagonista. Qual é o protagonista do texto lido?
c)      O personagem que participa menos dos fato chama-se personagem secundária. Nessa narrativa quem é o personagem secundário?
d)     O que Dédalo pensou quando resolveu voltar para Atenas e revelou a seu filho suas intenções? Retire o fragmento do texto.
e)      Qual a invenção de Dédalo pensando em proporcionar ao homem uma sensação de liberdade?
f)       Dédalo, ao prender o invento em Ícaro, seu filho, fez uma recomendação. Qual recomendação foi essa?
g)      Quem conta os fatos no texto é próprio narrador, quando a história é contada por um dos personagens, temos o narrador-personagem, ou narrador em 1ª pessoa. Se o narrador não participa dos fatos, recebe o nome de narrador-observador, ou narrador em 3ª pessoa.
No texto, qual é o tipo de narrador? Justifique sua resposta.
h)      Nos textos narrativos um fato desencadeia outro.
                          Que fez Ícaro para provocar sua queda?
                          Qual a mensagem dessa sequência de fatos?

terça-feira, 16 de junho de 2015

O Reizinho Mandão

          Eu vou contar pra vocês uma história que o meu avô sempre contava.
          Ele dizia que esta história aconteceu há muitos e muitos anos, num lugar muito longe daqui.
          Neste lugar tinha um rei, daqueles que têm nas histórias. De barba branca batendo no peito, de capa vermelha batendo no pé.
         Como este rei era rei da história, era um rei muito bonzinho, muito justo... E tudo que ele fazia era pro bem do povo.
         Vai que esse rei morreu, porque era muito velhinho, e o príncipe, filho do rei, virou rei daquele lugar.
          O príncipe era um sujeitinho muito mal-educado, mimado, destes que as mães deles fazem todas as vontades, e eles ficam pensando que são os donos do mundo.
          Precisa de ver que reizinho chato que ele ficou! Mandão, teimoso, implicante, xereta!
          Ele era tão xereta, tão mandão, que ele queria mandar em tudo que acontecia no reino.
          Os conselheiros do rei ficavam desesperados, tentavam dar conselhos a ele, que afinal é pra isso que os conselheiros existem.
         Mas o reizinho não queria saber de nada. Era só um conselheiro qualquer abrir a boca para dar um conselho e ele ficava vermelhinho de raiva, batia o pé no chão e gritava de maus modos:
         - Cala a boca! Eu é que sou o rei. Eu é que mando!
         Podia ser ministro, embaixador, professor.
         E tantas vezes ele mandava, que o papagaio dele acabou aprendendo a dizer "Cala a boca" também.
         Tinha horas que era até engraçado. O reizinho gritava "Cala a boca" de cá, e o papagaio gritava "Cala a boca" de lá.
         As pessoas, então, foram ficando cada vez mais quietas, cada vez mais caladas.
         E de tanto ficarem caladas as pessoas foram esquecendo como é que se falava.
         Até que chegou um dia que o reizinho percebeu que ninguém mais no reino sabia falar.
         Ninguém.

Ruth Rocha, 3º edição - Livaria Pioneira.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Minha autoria.


Depois de observar o dia a dia de algumas pessoas, mesmo que sejam apenas personagens de algum seriado, sei como é foda a dor do amor, não que eles sintam algo real, mas da para compreender com suas expressões que eles mesmos sendo atores decifram bem desta dor.
Gostaria de ter a sorte, mas ao mesmo tempo, vejo que isso poderia ser um azar, creio eu que apaixonar-se, amar e outros pode ser bem pior, ou melhor, que parece.
Odeio escrever sobre essas coisas, mas infelizmente são as únicas coisas que passam na minha cabeça depois de tanto tempo de solidão, e felizmente com tudo isso me apego aos vícios diários da bebida e do cigarro, alguns vão pensar, nossa temos um bêbado querendo se passar de escritor, não digo que vocês estejam errados, mas felizmente são meus companheiros que sei que não irão me abandonar ao menos que meu dinheiro não possa compra-los para acompanhar minha vida infeliz.           
Decorrendo a vida, vejo que às vezes e inúmeras delas, com meu jeito pacato de ser, consigo inúmeras vezes alcançar a decepção, mas nossa, os leitores pensam, não é só você seu otário que consegue, todos conseguem. Porém ao mesmo tempo vejo a felicidade estampada nos rostos de muitos casais que eu conheço, vejo, penso e reflito, porque não me conseguiria, uma musa que me inspira-se a ser, crescer e me encoraja-se a ser o que sou, um fiel escritor de lamúrias da vida, conturbadas no passado de infelicidades e traições.
Não vou dar nomes aos rostos, mas uma pessoa que estragou com essa pessoa que voz escreve um dia, poderão ler estas palavras e ver que foi sua culpa, era inocente na época, da vida não entendia nada, apenas sabia que no meu coração existia um pouco de sentimento que o chamava de amor, se fosse mais resistente, mas decidido, quem sabe a história de hoje poderia ser diferente, quem sabe perto de ti poderia ter sido feliz e infeliz ao término de nossa história, mas sei que nada disso acabou, as vezes você veem até mim me falando juras de amor, logo depois pisa em mim como se estivesse com seu tênis novo e pisa-se numa merda ao chão, com nojo luta para limpá-lo para que não tenha um mal cheiro vindo de seu pé, sinceramente me sinto apenas isso, uma merda no seu tênis, não gosto de lembrar deste passado, infelizmente é tenebroso como a escuridão da noite.
Porém sei que hoje, mais forte do que nunca, eu não consigo enxergar o amor, apenas um sentimento que reluta dentro de mim para se mostrar, o qual eu não deixo transparecer, com uma armadura que nada pode penetrar, é assim que meu coração esta, impenetrável nos dias de hoje, porém há algo dentro de mim que reluta intensamente para deixar nítido a todos que dentro desse homem, que um dia amou uma infeliz mulher, que ele realmente acredita no amor, só não sabe como mostrar à todos esse sentimento.
Quem sabe um dia ele aprenda, com os erros da vida, enquanto isso prefere viver em dor.